Nossos
Tempos e o Buraco Negro das Relações:
Avanços ou Retrocessos?
Mônica
Clemente (Manika)
O que aconteceria se 30 anos da sua vida se passassem em “um” segundo?
É exatamente isso o que acontece
no “Retorno de Saturno” e em “Nossos Tempos”, filme mexicano na Netflix.
Um casal de cientistas apaixonados embarca em uma viajam no tempo, e se vê confrontado por duas épocas diferentes.
Assim, eles são forçados a refletir sobre o papel do tempo na forma de verem o mundo e como esses novos horizontes impactarão a relação deles.
Misturando ficção científica com a chantagem emocional de um homem diante do brilho de sua mulher, o longa trata dos desencontros entre parceiros na atualidade.
De um lado, surgem as mulheres que conquistaram seus espaços e abriram caminhos para muitas outras.
De outro, alguns homens que ainda acreditam que perderão o lugar caso alguém tenha as mesmas oportunidades que ele.
Cena após cena, o filme nos joga numa gangorra afetiva entre o desejo de encontro e o medo da mudança, entre o avanço conquistado e a resistência fugidia.
Ao longo dessa travessia, não se verbaliza uma pergunta que atravessa o filme por inteiro:
“Você consegue me amar se
eu for do seu tamanho? Ou só quando ocupo um protagonismo pálido no que é seu?”
Será que precisaremos
esperar mais 30 anos para que um encontro - de igual para igual - aconteça?
A resposta a essas indagações está em todas as cenas.
Afinal, o amor, como o tempo, não é uma linha reta, mas um campo de possibilidades, que só se manifesta como relação quando, no mínimo, duas pessoas escolhem atravessá-lo juntas.
E mesmo que eu contasse o final, tosco à primeira vista, não seria um spoiler, mas uma interpretação dele:
A terceira via.
Uma forma de amar que não se perde na submissão, nem na disputa por poder. Mas que flui pelo encontro e pela parceria.
Um novo lugar onde ninguém precisa encolher para o outro caber, porque o resultado é maior do que a soma das suas partes .
Avançando juntos.
Mesmo que, em alguns momentos, um dos parceiros diminua o passo para manter o encontro dos seus olhares em frente.
Mônica Clemente (Manika)
@manika_constelandocomafonte
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