Tom Hanks, Meg Ryan e Brinkley em You´ve Got Mail
Alguns triângulos amorosos, no início dos filmes
românticos, passam desapercebidos como as antigas namoradas do papai ou da
mamãe. No aconchego de “You’ve Got Mail“ (1998), filme de Nora
Ephron, o Joe Fox (Tom Hanks) e a Kathleen Kelly (Meg Ryan) estão, cada um
deles, namorando firmemente quando se conhecem pela internet.
Em “Casa Comigo”, (Leap
Year - 2010), a mocinha está noiva quando se apaixona pelo irlandês ranzinza
bonitão. A trama de “Something Borrowed” (2011) é um triângulo amoroso entre duas
melhores amigas, porque uma delas prefere
se fazer de vítima da mais ousada. Já em “Alguém tem que ceder” (2003), de
Nancy Meyers, a mãe se apaixona pelo namorado da filha, ao contrário da
“Primeira Noite de um Homem” (1967).
O que há em comum na maioria destes filmes é que o
amante descartado é caracterizado como ridículo. E que o amor da parceria
desfeita é desconsiderado. Isto dá a impressão de que o parceiro antigo não tem
valor e não houve uma conexão, como se aquele amor se submetesse às novas
aspirações românticas.
Bert Hellinger, criador das Constelações Familiares,
observou que na vida real um amor anterior não respeitado é representado, inconscientemente,
pelo filho/a do novo relacionamento ou por um ciúmes doentio do parceiro que
ganha uma pessoa às custas de outra. Se a mãe não honrou um parceiro anterior,
seu filho vai representá-lo desafiando o pai e vice-versa. Do outro lado, se o
pai ainda deve algum reconhecimento à parceira anterior, a filha e a mãe
competem projetando uma na outra, sem perceber, a mulher desconsiderada.
Só se vangloria sobre o amante largado aquele que
quer perder alguém também. A solução é o novo casal, ou filhos dele, olhar com
respeito para o antigo casal e reconhecer que lá houve uma conexão verdadeira.
E deixar lá aquele amor, sem se meter no que houve. Porque não há um novo amor
nas novas relações. Ele é o mesmo, com a gente melhorada por conta de quem nos
acompanhou em algum momento.
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