Um novo
mundo está sobrepondo a realidade física. Ele é de todos, mas ainda não sabemos
que ele está atuando sobre nós sem nossa gerência.
Atua sobre o social, mas romperá sobre a
sociedade se não o colonizarmos com valores humanos.
O que fazer?
Continuar seguindo junto inconscientemente, resistir e viver a parte, ou
escolher a vocação dos novos tempos?
Em trocas de
paradigma, como na Revolução Industrial, muitos saíram do Campo para viver na
pobreza e manter a máquina girando. Não foi uma escolha, foi uma mudança de
era. Agora, o mundo digital se impôs, mas extrai nossas cabeças para o Shopping
Virtual Mundial, enquanto nos faz cada vez mais dependente dele.
Como saber
se sou manipulada no novo mundo quando faço parte da manipulação sem saber?
Este é o
desafio posto pelo excelente documentário “O Dilema Social” (#TheSocialDilemma)
na Netflix.
O filme
alerta sobre o atual Exterminador do Futuro: O Algoritmo! E não adianta
falar que toda geração teve o seu desafio. Não se trata de mudança de gerações,
mas de uma reorganização social mundial. Ou sua total desorganização.
Ele escolheu
você e tudo o que sabe sobre os seus cliques. E nem precisa de grandes
manobras, mas dos seus dados manobrando você. É que as redes sociais
“gratuitas” se sustentam vendendo algo para os anunciantes: nós.
Para nos
vender, precisam nos viciar. Se o que nos apetece, por exemplo, é a Terra
Plana, o ódio ou gatinhos, isso aparecerá no feed junto com o produto (seja um
chá inofensivo ou um governo destrutivo). Imagina isso numa mente com
menos de 16 anos?
Se você já
sabia disso, não sabe como estas mensagens agem no cérebro de uma criança.
Então, o que fazer? Minha hipótese: temos que colonizar este novo mundo criando
regras. Mas vamos chegar lá mais abaixo.
O ódio nas
redes, então, não mostrou a nossa cara, mostrou como somos viciados: despertam
uma emoção em nossa bolha vigiada que é jogada contra outra bolha vigiado, se
as duas, mesmo se matando, comprarem o mesmo tênis. Maquiavel já dizia,
separe para vencer.
Claro que
estas emoções são antigas e sempre foram manipuladas, mas nunca nesta escala, e
nunca sugando a mente das nossas crianças como atualmente. É o nosso futuro,
neles, que está sendo roubado.
Então é
verdade! Criamos o Exterminador do Futuro, vivemos na Matrix e somos o Truman,
cada um num mundo sob medida para vender sucrilhos.
O
documentário, O Dilema Social, então fala em mecanismos de proteção. Mas não
ultrapassa a polaridade GRANDES EMPRESAS X USUÁRIO.
Ora, a
questão fundamental, ao me ver, é que o algoritmo não nos governa! Ele é o novo
mundo, mas não tem cabeça, como toda Era que aguarda a nossa cabeça para girar.
Podemos ser
manipulados, manipuladores ou agentes que dão vocação humanitária para ele. O
que faremos?
Mas...
Corporações implodem Governos com algoritmos. O que importa se vamos nos matar
para elas vencerem?
Mas...
alguns Apps sucatearam o trabalho de muita gente. O que importa, se ganhamos
bônus às custas deles?
Como não ser
seduzido por algo que dá poder? Esta pergunta universal aparece quando o anel
de Sauron (senhor dos anéis) está na mão da gente.
Como manter a vocação humana de viver em sociedade se deixarmos a nova rede romper o tecido social?
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