Assim como o jogador de xadrez, nós podemos prospectar várias jogadas (passos), para abrir caminhos e proteger o acesso ao que nos Guia, o Rei (o Self).
Também podemos voltar ao passado, mentalmente, refazendo vários passos que nos levem à novas soluções. E mesmo na derrota, ainda aprendemos novas direções com os adversários (adversidades).
Beth Harmon percebe isso logo na primeira cena da série QUEEN’S GAMBIT* – o gambito da Rainha - (Netflix). Ela está diante de um dos possíveis xeque-mates de si mesma, se continuar “jogando assim”. Como o Gambito da Rainha, que é entregar a rainha, a peça mais importante do Xadrez, para poder ganhar alguma vantagem no jogo. Um sacrifício.
Como
exímia jogadora, então, ao invés de refazer mentalmente as jogadas, refaz a sua
jornada de vitórias no esporte, desafiada por um tabuleiro de perdas trágicas,
que a fizeram desconhecer as peças mais importantes de sua própria vida.
Anestesiada pela dor, ela não se vincula com quem luta por ela, os peões. Não compensa seus parceiros de jornada, os cavalos; não agradece seus cuidadores e mestres, o bispo. Não sabe onde e como ficar segura, a Torre. E o que aconteceu com a sua Rainha e Rei.
Como nós, ela vai despertando para a riqueza de suas relações por meio do embate dos reinos da Luz e da Sombra, nas peças brancas e pretas, levando-a a um novo final.
E
principalmente a um pequeno passo com grandes consequências.
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