46) Scripts de Vida em Morgana e Guinevere em As Brumas de Avalon

 


Script de Vida em Morgada e Guinevere

Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte

 

Embora os scripts de vida de Morgana e Guinevere sejam antigos, eles se atualizam na forma como tratamos nossas ancestrais, a começar com a nossa mãe.

 

O mandato “não se case e não tenha filhos” está encenado em “Brumas de Avalon” de Marion Zimmer Bradley.  Neste livro e filme, duas mulheres seguem o que outros escolheram para elas.

 

Morgana, afinada com o arquétipo da sábia, é conhecedora dos mistérios. No entanto, é obrigada a servir aos interesses da deusa sem poder nem escolher o pai do seu filho. 

 

Seu mandato parece ser: “NÃO CASE! Você pode transar e trabalhar, desde que sua dedicação seja para mim, sua mãe, sua religião, seu clã.”

 

Dito de outra maneira, ela tem relativa permissão à sexualidade e intelecto, mas não à uma vida pessoal.

 

Sua jornada é em defesa de um ideal além das suas forças, para descobrir, no final, o segredo das transições das eras: tudo pelo o que lutou reaparece no novo mundo de outra forma, se sacrificando ou não.

 

Guinevere, afinada com o arquétipo da amante, se casa com o Rei Arthur, embora seu coração fosse de Lancelot, fiel cavaleiro do Rei, que a corresponde fervorosamente. 

 

O casamento arranjado tenta manter em paz a antiga religião da deusa, representada por Arthur, com o novo deus cristão, representado por ela.

 

Guinevere tem outro mandato: “CASE com alguém que cuide dos interesses da sua família. O amor não importa”. 

 

Em outras palavras, ela não tem permissão para se conhecer e sentir, como as filhas devoradas pela mãe ou pelo pai.

 

Na vida real, estes antigos scripts são atualizados quando a mulher projeta, em suas fantasias, destinos terríveis no casamento ou na gestação, ou se casa sem amor.

 

Ou critica a mãe por aturar um certo tipo de homem e se ficou em casa cuidando dos filhos. Ou não reconhece e honra o trabalho dela dentro e fora de casa. 

 

Também atuam em quem, por desprezo*, não quer ser igual à sua mãe.

 

*Antes mesmo das descobertas de Hellinger sobre a repetição de destinos por conta das exclusões, escritos milenares do yoga já falavam da força da aversão em repetir comportamentos. 

 

A solução, como no livro, é deixar as brumas em Avalon, a terra distante dos ancestrais que está sob nossos pés. Como pisamos sobre eles?

 

Mônica Clemente (Manika)

@manika_constelandocomafonte

 

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