TERRITÓRIO SAGRADO DO BRINCAR
Mônica Clemente (Manika)
@manika_constelandocomafonte
Uma pessoa que trabalha com prazer está brincando como na infância: entretida, apaixonada e inteira.
Como dizia Oscar Wilde: “A vida é muito importante para ser levada a sério”.
Infelizmente, o pai de um dos seus amantes ficou tão furioso com sua homossexualidade que o aprisionou. Na prisão, Wilde foi submetido a trabalhos forçados, atingindo o centro nervoso de toda vida feliz: o brincar. Isso o fez adoecer e morrer.
O mesmo aconteceu com Reich, que, ao descobrir o caminho da libido no corpo – o prazer de viver que se manifesta desde a infância no brincar –, foi preso e morreu na prisão.
Mas nem precisamos ir tão longe: quantos de nós fomos entristecidos na infância, ao sermos forçados a ficar sentados com o olhar fixado no quadro-negro, ou porque fomos trabalhar tão cedo, disciplinando nossos corpos para servir à máquina produtiva?
Se você perdeu o brilho nos olhos e não sabe o que veio fazer nesta vida, lembre-se do que gostava de brincar na infância.
Aquele estado de criação pura – criança – que brinca de corpo inteiro, com toda a sua imaginação, curiosidade e encantamento.
Alguns de nós gostávamos de ler, outros de pular corda, jogar bola, brincar de detetive, pega-pega, bonecos, teatro, dança, cantigas de roda com fantasmas e gigantes.
Outros brincavam com cavalos alados nas ondas do mar.
Acesse essa sensação de estar inteiro no que fazia, sem preocupações.
S e começar a dizer para si mesmo: “Mas eu tenho medo, baixa autoestima”, “Perdi tal chance”, “Como vou me sustentar com isso?”, “Não sei vender meu trabalho”... você perderá o estado brincante, o guia para chegar a sua missão.
Uma vez lá, veja se tem coragem de sustentar sua vocação. Se sim, siga em frente.
Se não, abandone esse desejo sem culpa e assuma o que está fazendo desde o coração.
Ou busque outra profissão em que se sinta um brincante, com coragem de bancar os desafios que virão.
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Se quiser saber mais sobre esta temática, assista ao documentário *Tarja Branca*, de Cacau Rhoden, Estela Renner e Marcelo Nigri, disponível no Amazon Prime, Apple TV, Google Play, Canal Curta, YouTube Filmes e Tamanduá.
Mônica Clemente (Manika)
@manika_contelandocomafonte
FICHA TÉCNICA:
"Tarja Branca: A Revolução Que
Faltava":
Direção: Cacau Rhoden
Roteiro: Cacau Rhoden
Produção: Gabriel Belém, Luiz
Bolognesi, Laís Bodanzky, Marcos Nisti
Produtora: Buriti Filmes, Maria Farinha
Filmes
Fotografia: Hugo Kovensky
Montagem: Cacau Rhoden
Trilha Sonora: Berna Ceppas, Pupillo
Ano de Lançamento: 2014
Duração: 80 minutos
País: Brasil
Idioma: Português.
Sinopse: O documentário "Tarja Branca" explora a importância do brincar ao longo da vida a partir de depoimentos de trabalhadores, artistas, educadores e filósofos. O filme discute como a brincadeira é um elemento essencial para a formação da identidade, a liberdade e a criatividade do ser humano.
Este documentário faz parte de uma série de filmes produzidos por Luiz Bolognesi e Laís Bodanzky, que abordam temas relacionados à educação, cultura e transformação social.
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